Participantes começam encontros do Grupoterapia do Luto
Os encontros ocorrem aos sábados, das 9h às 10h30, e seguem até 15 de junho, no Bloco II da Faculdade Cathedral
Tristeza e ansiedade são os sentimentos mais comuns para quem perdeu alguém. Vivenciar esta perda nem sempre é fácil para algumas pessoas. Para ajudar a superar esta dor, a Clínica Escola de Psicologia da Faculdade Cathedral iniciou neste sábado, 6 de abril, os encontros do Grupoterapia do Luto. Os encontros ocorrem aos sábados, das 9h às 10h30, e seguem até 15 de junho.
Ao todo, 25 pessoas se inscreveram. Dessas, dez passaram pela triagem e estão fazendo terapia em grupo. “A triagem foi uma fase importante, uma vez que é o momento em que conversamos com o interessado para conhecer o caso e identificar o grau do luto. De acordo com a vivência do luto e características dos entrevistados, alguns participantes foram selecionados para o Grupoterapia e outros foram encaminhados para terapia individual”, explicou a psicóloga Luana Muner, professora das disciplinas Psicologia Social, Psicologia Hospitalar e Tanatologia (estudo sobre a morte).
O militar Jean Carlos Nascimento, de 45 anos, está entre os participantes. Para ele, a terapia vai ajudar a lidar melhor com os sentimentos envolvidos com a perda da mãe. “Ela faleceu faz oito meses. De um tempo para cá, eu comecei a desenvolver comportamentos que não tinha antes. Passei a beber, ter mais apetite e ansiedade. Meu sono também foi afetado. De noite sempre acordo com a aquela sensação de desespero. Na maior parte do tempo sinto melancolia e penso muito nela. Isso está interferindo na minha rotina”, contou.
Nos encontros, os participantes terão bastante atividades práticas e palestras específicas sobre o que é o luto, como é esse processo, para que eles entendam o que estão passando. O sofrimento intenso do luto, quando não trabalhado adequadamente, pode levar a graves problemas psicológicos. “Vim bastante otimista. Vou me permitir passar por este processo. Sei que algo de bom vai acontecer”, comentou Jean Carlos.
Para desenvolver este trabalho, a professora Luana Muner conta com cinco acadêmicas de Psicologia. As atividades serão conduzidas por elas, sob supervisão da professora. “Será uma experiência incrível. Essas vivências práticas, além de agregar na nossa vida enquanto acadêmicas, nos ajudam a identificar no que queremos atuar depois de formadas”, disse Emilly Cristine.
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